5 Formas de Dar Profunidade Espiritual à Narrativa

04/24/2023

Não é necessariamente quantas vezes o nome de Deus ou pregações aparecem na história que indica a profundidade espiritual da trama. Há formas mais sutis e eficazes de trazer o leitor a uma reflexão espiritual. Ele não pegou um livro de ficção para "ouvir" sermão, mas para viver a experiência dos personagens e, através delas, considerar sua própria condição espiritual. Veja algumas forma de fazer isso:

1. Use sensibilidade

Não se tratar de pregar. O leitor não abre nosso livro para receber um sermão, afinal, escrevemos ficção. Trate de assuntos variados, mesmo que pesados, mas é fundamental ter sensibilidade. Essa forma traz mais conexão com o leitor.

2. Estimule perguntas

Faça com que sua história estimule reflexão por causa das perguntas que ela levanta. O leitor não quer respostas prontas. Quem somos nós para termos todas as respostas aos dramas humanos? Quando o leitor se faz uma pergunta através da história, ele vai procurar uma forma de respondê-las seja através da Bíblia, de conversa com amigos ou da oração.

3. Mostre sua humanidade

Deixamos muito de nós na escrita. Porém, cuidado para não jogar sua bagagem emocional em cima do leitor. Muito cuidado para não carregar sua escrita de amargura. Demonstre vulnerabilidade através dos personagens, mas de forma graciosa. Essa é uma forma de mostrar nossa humanidade.

4. Aborde temas universais

Perdão, sacrifício, amor são alguns temas universais que servem de substrato para excelentes histórias. Esses temas geram grandes reflexões e ajudam o leitor na busca por virtudes.

5. Envolva os sentidos

As pessoas leem ficção para experimentar sensações. Na narrativa, estimule os sentidos do leitor: olfato, audição, paladar, tato, visão. Os personagens são os veículos para levar essas sensações ao leitor.

Através da escrita, temos a oportunidade de causar impacto espiritual na vida dos leitores. Não queremos fazer isso com manipulação. Muito menos queremos apontar os erros dos outros através dos personagens. Não somos Deus. Nem na nossa própria narrativa. Abençoe com graça e misericórdia.


Imagem: Unsplash